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O Rio de duas cores.
Vou falar de um pouquinho
De tuas
saudades...
Agora, na minha saudade
Que também ficou de tu
No tempo de tuas cãs, aprendi...
Nas lembranças de suas verdades.
Então, vou pensar e vou ditar;
O proseado dos teus tempos
Dos seus momentos
Que meus ouvidos ouviram
Que meus ouvidos ouviram
E em mim ficaram, gravados.
Ireno veio, tuas prosas, histórias e lendas
Fazia-me, contente, sorrir-te, dos teus contos
Do seu passado, jovial e livre
Com tuas moçadas e companheiros
Da catinga do seu povo
E o céu ensolarado.
Da vida de estrada
Da vida de seu rio, inteirinho!
No teu sorriso e os teus olhos arregalados.
Com as tuas mãos em movimento
Gesticulando a cada palavra.
Com tua visão, ao longe da conversa
Parecia enxergar as jangadas e a canoas
E o intirinho do rio!
Como dizia, no
teu palavreado.
Assuntos de remeiros e romeiros
Das orações fortes
Na Lapa do Bom Jesus
No Sagrado Santuário.
A! A gruta de pedra
Que a ti, se assemelham
Os picados de
gelos
Lindos e iluminados.
Visão bela e formosa
Viagens pra ti, abençoada.
Viagem do seu desejo
Vitória, concretizada.
Terceiro pai meu
Da minha, terceira morada
Obrigada, obrigada
Companhia, adorada.
Pude eu me sentir, amada
E por ti sou grata
Amor pra ficar, para sempre
Memorial, feliz
E bem
conservado.
Histórias, reais da sua vida
Guardei e fiz a imagem pra escrita
Lá, em São Francisco
Terra e rio... Pra ti abençoados
O Rio de duas cores.
Lucia Barros.
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