Italianos.
Italianos.
Há! A sua Calábria o meu avô:
Assim lembro-lhe.
Porque a minha memória
Então muito guarda:
Os seus abraços fortes
Os seus carinhos
E palavras soltas
De muito amor.
Há! A tua Itália bela, a minha avó!
E os seus beijos doces e estalados!
Mas foi aqui e peregrinando
Que obteve; sonhos realizados.
Que diante a menina dos seus olhos
Enxergavam como o grande mar
Que de tão lindos
Eram e brilhavam de azuis.
Depois de tantos andares
Na vinda na terra Brasileira
Viajando os comboios
Com os seus baús e enxovais.
Procurando as guaridas
Por matas e pelas estradas
Nos trabalhos nas várias fazendas
E com os seus filhos
Trabalharam nos cafezais.
Avós imigrantes.
Avós, maternos, amores
De família numerosa e abençoada
Dos braços abrasantes.
Avós das vozes rápidas
Dos sangues nas veias;
Os guerreiros e vencedores.
Os belos e eternos
Que fecundou em amor
Livre amor:
Italianos.
Lucia Barros.
poetaluciabarros@gmail.com
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