Madrugada.
Madrugada.
Madrugada longe do silêncio
Vozes ao longe e intrigantes
Acham-se escondidas...
Mas mostram-se os seres.
Luzes que não clareiam
Mas há as estrelas que brilham.
Os carros correm, jovens que gritam
fazendo as suas próprias histórias...
fazem as vidas das escolhas vividas.
E falam as famílias:
Uns gostam de seriedade
Enquanto outros de fazerem, chocarrices
Para dizerem que são brincadeiras.
Uns se fazem completos
Ouvindo as suas musicas.
Outros preenchem-se de inteligência
Procurando pela sabedoria...
Outros acham que se divertem
E zombam sem necessidade.
Uns se entristecem
Outros sorriem atoa
Disfarçando e vão embora
E terminam na madrugada
Sem sono, sem horas sem jeito
E com o barulho do gavião
Ouvindo pelas orelhas.
Não há sonâmbulos
Nem sonhos...
Só há a madrugada
Para olhar o oculto, escutar
E observar:
A maldade ou o bem no ar...
Bem amar ou bem odiar.
Quem pode se calar?
Aquele que não está a falar
Melhor mesmo é escutar
Reclamando ou sem reclamar.
No mundo do novo...
Ou do mundo velho...
Melhor mesmo é o dormir
Para depois acordar
Quando o dia clarear.
Para olhar todos juntos
Com o mesmo olhar
da sentinela.
É não deixar partir
da alma
Porque viver bem
É saber amar.
Lucia Barros.
poetaluciabarros@gmail.com