Ora, ora, quem somos nós?
PH: Maria Lucia de Barros Gomes.
Janeiro 2018.
Quem somos
nós diante os nossos objetivos, entre perdas e ganhos, Nhá?
Somos os
frágeis diante as perdas, diante as enfermidades, diante as lutas que
atravessam os nossos caminhos, aqueles impedimentos que chegam sem avisar
fazendo a terrível surpresa inesperada.
Podíamos
estar preparados, mas não estamos, sabe por quê?
As distrações
nos tomam de um tanto nos cegando de ver o que está por vir, porque a alegria é
tão grande e porque os sonhos são tão lindos e os realizamos, que bom não é,
graças a Deus por isto, gratidão é maravilhosa para quem sabe distribui-la com
amor, o ser grato, é isto lindo.
Mas assim
como a gratidão ser lindo é também compartilhar a vida, o carinho, o afeto, a
garantia da paz interior para o exterior de cada ser, não nos custa ser amáveis
e estender as mãos quando alguém precisa de nós, abraçar a alma amiga e enxugar
as lágrimas sentidas do próximo.
Sabe a vida
ensina, a vida projeta, a vida brilha, mas a horas que a vida engana, e
precisamos estar preparados e vigilantes, quanto a tantas outras coisas que não
seja somente obter o prazer de bens ou diversões simplesmente mesmo que nos
faça tão bem, não que devemos desistir de ser felizes, mas colocar a felicidade
em dividir com o próximo amor.
O mundo está
sempre precisado de amor de paz de carinho e de novos projetos e conquistas,
novas atitudes, novas palavras e acima de tudo respeito.
Ora o que
somos nós?
Quando
estamos todos à procura de uma cura para conosco mesmo ou com nossos queridos
familiares, somos os fragilizados indefesos, sem reações quando algo parece não
se resolver, porque as vezes o dinheiro não paga a saúde e nem a vida, e aí
descemos por um bom tempo em nossos pensamentos aflitos que parecem não ter
mais fim.
Aprender
abraçar almas é maravilhoso quando o coração se enche de harmonia, maravilha e
fé de poder alcançar o nosso bem e o bem do próximo que acolhemos, conquistamos
tudo pela graça de poder olhar e perceber quanto bem fazemos a nós
primeiramente, saber doar-se, sem pensar em nada receber porque livremente as
bênçãos sempre nos são multiplicadas quando agimos de boa-fé.
Nem todo mundo
é bom, nem todo mundo é mal, mas saber ir onde podemos nos confraternizar é
divino e honroso para nós mesmos.
pois o dia
de amanhã quem o saberá?
Só o tempo
nos dirá, conservar amizades, conservar entes amados é sempre saber saborear o
dia que virá... ao lado de quem pode nos fazer felizes e até garantir vida
quando o amor é recíproco, porque nós podemos nos abraçar e nos levantar um ao
outro quando a fraqueza nos tomar o corpo e a fragilizada alma.
O rico, o
pobre o milionário, são todos iguais em seu envoltório que lhes cobrem o
espirito que lhes foi concedido, bem dizendo: nós os humanos, nós que quando
falta água somos precisados de banho porque suamos o corpo, que fica fétido a
ponto de não nos suportarmos a nós mesmos, nossos hálitos, nossas sujeiras que
é como a lama do nosso próprio corpo e que nos tornam os intocáveis, ao próximo
que deseja neste momento a distância. Parabéns anjos cuidadores dos enfermos e
dos miseráveis que desejam cuidados. AH! Nhá, a mais bela alma cuidadora e
protetora, são estes anjos.
A se isto
acontecesse por dias ou meses o que seria de nós?
Porque tudo
se pode acontecer, não sabendo, aonde vamos parar, o que vamos fazer e muito
bom é ser a pessoa cheia das garantias nas suas propriedades nas suas atitudes,
mas já que de garantias se abastece um ser, abastecer a alguém que precisa
ainda mais do que o garantido é ainda melhor.
Soa, aos
cantos da terra os gemidos dos fragilizados e desprotegidos nas suas faltas de
tudo, nas suas faltas até de força para viver, soa os gemidos das crianças que
precisam de guarida nas ruas, sem teto sem pai e sem mãe, soa os gritos das
almas viciadas que por algum motivo que os fizeram chegarem ao caminho mais
difícil e desprezível, diante os olhos da sociedade, tornando-os rebeldes e
temerosos para quem os veem, e ao invés de ajudar, pioram a situação com seus
maus tratos, descriminações e jugos desnecessários.
A perfeição
ainda não chegou para ninguém e quem sabe na hora e tempo ditado, o chegará,
embora uns se regenerarão outros não, só depende de quem recebe e colhe e faz
vibrar a sua escolha em seu livre arbítrio.
Cantemos aos
idosos, cantemos e aconselhamos a quem queremos o bem, somente de olhar, por
sermos vida e por sermos nós, como um dia todos o serão pela generosidade das
gerações vindouras.
É, aplausos,
para as pessoas que se tomam de um dom de graça para ser cuidadores com amor,
desejando de todo o coração, a reabilitação de quem precisa mudar para ganhar a
vida na sociedade novamente, seja o que for que a pessoa tenha passado, ou distribuído
ao decorrer de sua vivência. O futuro dos humanos pertence a todos nós, pois
somos todos o sangue que nos cobre as veias da mesma forma, quando um dia as
veias, esfriarão e o corpo se findará, mas os espíritos se encontrarão nos seus
próprios caminhos e de sorte que sejamos, aí, os regenerados e abraçados pela
grandeza maior que ditará, o juízo final do qual ninguém escapará.
Vamos nos
ajudar, a vencer para olharmos um para o outro e dizer:
Somos todos
vencedores!
Ora, ora,
quem somos nós?
Lucia Barros.
poetaluciabarros@gmail.com